sábado, 6 de março de 2010

Violino - Anne Rice

Violino, pra mim, foi uma novidade em vários aspectos. Primeiro, foi um dos poucos livros que me dei ao trabalho de comprar numa livraria, já que sou adepta desde que me entendo por leitora, a comprar os livros de meu interesse nos sebos. O livro, que foi editado pela Editora Rocco, tem uma capa belíssima, com a imagem de São Sebastião retratado pelo pintor italiano Reni Guido, e este foi sem dúvida um dos aspectos que me fizeram, mesmo desempregada na época, a pagar 40 reais no livro, além, claro, do interesse ferrenho que sempre tive de ler as obras de Anne Rice, já que este também foi o primeiro livro da autora que tive a oportunidade de ler.

Achei o prólogo do livro sensacional. Não sabia distinguir se o prólogo era narrado pela propria Anne Rice ou por sua heroína, Triana, já que as duas se “parecem“ tanto em diversos aspectos, inclusive fisicamente. Mas neste prólogo, Anne despeja o conteúdo principal do seu romance: a música clássica, que é o único consolo na vida Triana, uma mulher marcada pela dor da perda. Humildemente, acho impossível que um fã de música clássica leia este livro e não se emocione, e não compartilhe de alguma maneira as agonias vividas por Triana ao longo da história. Anne Rice descreve de maneira única as canções de Beethoven, Mozart e Tchaikovsky, relacionando-as com a personalidade dos compositores.
E a paixão de Triana pela música, fica ainda mais evidente quando Stefan, o fantasma violinista, começa a usar da música que Triana tanto ama, para leva-la a loucura. A história é cercada por sentimentos de angústia, arrependimentos e supostos assassinatos, que assolam a mente de Triana ao longo do romance.


Gostei do livro, mas confesso que fiquei um pouco decepcionada. É claro, é o primeiro livro da Anne Rice que li, e segundo pesquisei, este realmente não é considerado o melhor romance da autora. Achei ótima a maneira como ela empregou cada canção de acordo com o momento vivido por Triana, e aliás, a vida de Triana é uma tremenda loucura, e por si só, já daria um ótimo livro. Mas, em contrapartida, o personagem Stefan, poderia ter sido melhor aproveitado. Levando em consideração que ele é um fantasma, e tem mais de 100 anos, a sensação que tive é que ele é imaturo, chato, sem carisma nenhum pra ser um dos personagens principais da história. Talvez isso tenha dado um certo charme a história, mas acho que Triana merecia um fantasma um pouco mais carismático para acompanhá-la em sua via-crucis.

Bom, e é isso. Apesar da leve decepção, lerei outros livros da Anne Rice. Afinal, é um erro julgar um autor por um único título. Mas agora, vou tentar garimpar nos sebos.

Boa semana a todos os readers!!!
Take Care!

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